As imagens de satélite, bem como as fotografias aéreas, além de serem formas de representação da paisagem, permitem o registro visto de cima de elementos que compõem a superfície terrestre. Trabalhar com a perspectiva vertical, de cima para baixo, é fundamental para a leitura de mapas, uma vez que essas imagens mostram lugares de um ponto de vista aéreo, do alto, de “lugar nenhum”.
A aquisição de imagens da plataforma Google Earth é uma tecnologia gratuita e de fácil acesso, sendo constituída de imagens orbitais e fotografias aéreas verticais coloridas “naturais”. “As Geografas, ali, vistas de cima, são muito verossimilhantes àquelas percorridas diariamente por nós” (CAZETTA, 2011, p. 178). Essa verossimilhança facilita o manuseio e a interpretação das imagens; pois, conforme destaca Silva (2005), nosso sentimento de realidade associa-se ao nosso sentimento de familiarização. Apesar de as peças serem
confeccionadas com fotografas aéreas e imagens de satélite e não serem propriamente mapas, são documentos gráficos espaciais que podem servir de primeira base cartográfica integradora do entorno do aluno.
A série com os três jogos a seguir segue uma ordem de complexidade do pensamento espacial (percepção visual, coordenação de perspectivas, projeção e representação) em que gradualmente são incluídas novas noções. O primeiro dominó, por exemplo, é uma atividade mais simples, porém esses primeiros ensaios cartográficos são estratégias importantes e estão ligados a outras habilidades que mais tarde auxiliarão o aluno na compreensão de mapas. Sinta-se à vontade para utilizá-los separadamente, ou estabelecer a sequência que julgar mais apropriada para seus objetivos pedagógicos.
Jogo dominó I - Pontos Turísticos do Brasil
Jogo de cartas adaptado para a interpretação de imagens, com o intuito de incentivar a leitura de textos e a leitura a partir de figuras (fotografias e imagens de satélite).
Na ponta direita, encontram-se fotografias frontais de um objeto, e na ponta esquerda um texto referente a outro objeto. Cada imagem encaixa-se com um texto específico. Este jogo busca despertar no aluno a interpretação de paisagens e relacioná-las em um contexto.
Link para download do jogo: Dominó I - Pontos turísticos do Brasil
Jogo dominó II - Pontos Turísticos do Brasil
Jogo de cartas adaptado para a interpretação de imagens, com o intuito de abarcar as visões vertical e frontal, fundamentais para a construção da legenda. O uso de fotografias tem um grande potencial para a construção do conceito de legenda, devido ao fato da sua relação de analogia qualitativa com o referente como as formas, cores, proporções.
Na ponta direita, encontram-se fotografias frontais de um objeto, e na ponta esquerda uma fotografia vertical, referente a outro objeto. Cada imagem frontal encaixa-se com a imagem na perspectiva vertical.
Este jogo faz parte da Coleção Jogos Geográficos e busca trabalhar a Alfabetização Cartográfica.
Link para download do jogo: Jogo de dominó II: Pontos turísticos do Brasil
Jogo da memória - Pontos Turísticos do Brasil
Jogo de cartas adaptado para a formação dos pares iguais das cartas, que são imagens de satélites. Essa dinâmica permite treinar a visão vertical através da utilização das “chaves de interpretação”, como a tonalidade, forma e tamanho, que auxiliam o reconhecimento dos diferentes objetos nesta perspectiva da imagem, contribuindo para a construção da noção de legenda e leituras de mapas.
Este jogo faz parte da Coleção Jogos Geográficos e busca trabalhar o letramento Cartográfica.
Link para download do jogo: Jogo da memória - Pontos turísticos do Brasil
Fonte:
BREDA, T. V. Jogos Geográficos na sala de aula. Appris: Curitiba, 2018
CAZETTA, V. Educação visual do espaço e o Google Earth. In: ALMEIDA, R. D. de. Novos rumos da cartografa escolar: Currículo, linguagem e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011. p. 177-186.
SILVA, L. G. da. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização espacial. In: CASTELLAR, S. M. V. Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São João: Contexto, 2005. p. 137-156
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