domingo, 23 de julho de 2017

Jogo de Tabuleiro: Localize-se no mundo

Elaboração: Viviane Lousada Cracel
Colaboração: Thiara Vichiato Breda

   Este jogo foi construído com o objetivo de discutir e aprofundar os conhecimentos sobre orientação, localização, movimentos da Terra e fuso horário, que são parte do conteúdo programático para o 6º ano do EF. De acordo Viviane Cracel*, professora idealizadora desse material, o jogo possibilitaria a ampliação dos conhecimentos cartográficos e um maior interesse dos alunos. Isso ajudaria também a deixar as aulas mais dinâmicas a partir do lúdico. 
    A professora utilizou o material após a explicação teórica dos conteúdos e da realização de exercícios, a fim de que os alunos aprendessem por meio do jogo e, ao mesmo tempo, “retomassem” os conhecimentos apreendidos ao longo do trimestre. Para sua confecção, utilizamos como base para o tabuleiro um mapa político do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o programa Inkscape, tanto para adaptar o mapa-tabuleiro como para criar as cartas. 


     No jogo, o jogador precisa completar primeiro a meta estipulada na “Carta Objetivo”, a ser retirada no início do jogo por cada jogador. Nesta carta constam duas coordenadas geográficas em pontos extremos do mapa-tabuleiro: uma será o ponto de partida e a outra o ponto de chegada. Com isso, o aluno posiciona o peão no local indicado como ponto de partida (cada jogador terá um ponto de partida e chegada diferentes). Feito isso, o jogador deverá lançar o dado e andar o número de casas correspondentes apenas na vertical ou horizontal. As casas são os próprios quadrantes formado pelas linhas imaginárias das latitudes e longitudes do mapa-tabuleiro. Quando o dado cair com a face da interrogação, o jogador deverá retirar uma “Carta-Pergunta” sem ver e outro jogador deverá ler a pergunta. Nesta, com questões sobre os temas previamente elencados pela professora da turma, há 3 alternativas com apenas uma correta. Quando respondem corretamente, avançam; caso contrário, ficam uma rodada sem jogar. Vence quem atingir primeiro o objetivo estipulado para cada um.

Tabuleiro - Download aqui

Regras do Jogo - Download aqui    

        
"Carta Objetivo" - Download aqui                "Carta Pergunta" - Download aqui

     No jogo foi possível trabalhar a compreensão de atributos dos mapas e habilidades cartográficas, que auxiliaram na associação de conteúdos geográficos já desenvolvidos com os alunos durante o trimestre. Para o início e desenvolvimento do jogo era imprescindível a compreensão das coordenadas geográficas, caso contrário o aluno não conseguiria dar procedimento na partida. Nas 60 cartas-pergunta a professora teve a preocupação de trabalhar todos os conteúdos relacionados com a cartografia daquele trimestre. Com isso, durante a partida o aluno era estimulado a desenvolver noções cartográficas, como por exemplo nos cálculos de fuso horário em que o aluno, ao compreender o conceito de fuso horário, poderia “encontrar” a resposta no próprio mapa-tabuleiro.

Exemplos de cartas-pergunta e as habilidades ou conceitos trabalhados
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CONCEITOS
EXEMPLOS DE CARTAS
ORIENTAÇÃO
Pontos cardeais
Qual é o oceano localizado a oeste do continente americano?
LOCALIZAÇÃO
Paralelos e latitudes
Como se chamam as linhas imaginárias horizontais que “cortam” o globo?
Meridianos e longitudes
A longitude varia de?
Coordenadas geográficas
Ponto de partida e de chegada
MOVIMENTO DA TERRA

Estações do ano
Qual das alternativas abaixo apresenta uma consequência do movimento de translação?
Zonas climáticas
O Brasil está localizado em quais zonas térmicas?
Fusos horários
Imagine que sejam 21 horas no Chile. Que horas será em
Taiwan ao mesmo tempo?
Fonte: Breda 2017, p. 46 



     A utilização do mapa-tabuleiro para a construção das noções e conceitos geográficos/cartográficos no “Localize-se no mundo”, foi de fundamental importância para que os alunos dominassem o código linguístico. O material construído especificamente com intencionalidades geográficas, além de estimularem habilidades espaciais e cartográficas, auxiliam na aprendizagem de conceitos inerentes para que esse aluno possa dominar o código linguístico da sua cultura, dando sentido/significação às representações espaciais. Os jogos podem contribuir para que nossos alunos se tornem leitores críticos de mapas e mapeadores conscientes (SIMIELLI, 2010), mas cabe a nós mediadores abordar e compreender feições da linguagem cartográfica em outras situações. Conforme nos alerta Seemann (2014, p. 40), “o que é de maior interesse não é o mapa como produto final, mas os processos da sua concepção e elaboração inseridos nos contextos socioculturais, econômicos e políticos de cada época e lugar”. Fica o convite para nós, professoras e professores, irmos além do domínio gramatical, fazendo emergir em nossos alunos modos de representações mais expressivos, exercitando a linguagem cartográfica nas mais diversas situações e criações das práticas sociais.


Confira o roteiro para planejar jogos [aqui]


*Este material foi desenvolvido pela professora Dra. Viviane Cracel durante o curso de formação Confecção de jogos no ensino de Geografia, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Campinas.

BREDA, T. V. Jogos geográficos na escola: possibilidades para trabalhar noções espaciais e cartográficas. In: RICHTER, Denis; CAMPOS, Laís. Cartografia Escolar. Coleção Docência em Geografia, Goiânia: Espaço Acadêmico, 2017, p. 29-49 Vendido por Espaço Acadêmico
SEEMANN, J. O Ensino de cartografia que não está no currículo: Olhares cartográficos, “carto-fatos” e “cultura cartográfica”. In NUNES, F. G. (org.) Ensino de Geografia: Novos olhares e práticas. Dourados: Editora da UFGD, p.37-60, 2014.
SIMIELLI, M. E. R. O mapa como meio de comunicação e alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, R. D. de. (Org.) Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2010, p. 71-94.

sábado, 22 de julho de 2017

Roteiro para planejamento dos jogos

Os jogos presentes neste blog seguiram as sugestões de Macedo, Petty e Passos (2000), quanto à estrutura e organização, direcionando os jogos para trabalhar as noções ou conceitos cartográficos/geográficos.

Download para planejamento editável aqui


MACEDO, L. de; PETTY, A. L. S.; PASSOS, N. C. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Você ainda encontrará no blog indicações de leiturasdicas de elaboração e alguns exemplos de jogos e regras!!




sábado, 4 de fevereiro de 2017

Caça ao tesouro "El Gurugu": consciência corporal e orientação espacial*




Este trabalho trata da possibilidade do uso do jogo "Caça ao tesouro em El Gurugu" no desenvolvimento do raciocínio espacial em crianças. O jogo apresentado foi construído para a Semana de Ciências de Madrid/Espanha com crianças entre 4 e 5 anos. Os materiais foram elaborados especificamente para serem trabalhados no Centro de Interpretação da Natureza “El Gurugu” uma vez que são confeccionados com mapas e imagens desse espaço, entretanto, a ideia aqui é que essa dinâmica sirva de exemplo e estímulos para outros itinerários. Nossa experiência revelou que as crianças pequenas podem manipular os planos e também interpretar representações cartográficas simples mediante pictogramas que refletiam a realidade. Este trabalho aposta em uma inicialização cartográfica que busca uma progressão gradativa dessas habilidades desde a Educação Infantil, e não somente nos anos finais do Ensino Fundamental.


APLICAÇÃO E CONSTRUÇÃO  DO MATERIAL DIDÁTICO 


atividade de orientação corporal e orientação espacial - aula de geografia
Mapa Caça ao tesouro El gurugu
O objetivo do jogo foi trabalhar o espaço vivido e percebido, a partir da leitura e interpretação de um mapa com representações simples. As orientações da atividade tinham uma abordagem da aprendizagem por descobrimento mediados pelos professores no Centro “El Gurugu”.
A escolha da atividade no Centro de Interpretação da Natureza (CIN) Gurugu buscou criar uma situação fictícia (em um espaço real) que conduzisse as crianças a pensarem espacialmente as situações propostas sem deixar de lado o caráter lúdico e instigante da atividade. O conto infantil, contextualizou a evolução temporal daquele espaço, “explicando” as mudanças da paisagem a partir da necessidade do homem. Teve-se o cuidado de criar um conto em que o enredo do espaço fossem o pano de fundo da atividade para dar uma ordem temporal e uma noção de sequência, uma vez que o CIN “El Gurugu” mescla paisagens com resquícios rurais (La majada e o poço) com construções modernas (elevador e passarela).
Através da história de um avô que escondeu um tesouro que utilizava em suas viagens, fomos narrando aos alunos a história daquela paisagem, contextualizando os principais pontos ou objetos que estavam localizados no mapa (fogão, poço, etc.). Estes objetos eram fundamentais como pontos de referência para os alunos se localizarem e localizarem o local do tesouro.
Apesar da dinâmica do jogo ter como proposta inicial a localização de um tesouro, o objetivo pedagógico da atividade não se restringia apenas na habilidade de localização espacial, mas sim a de criar condições para o aluno situar-se e situar os objetos e lugares no espaço e no mapa. 



lateralidade


Fonte: Elaboração própria

Nesse exercício o aluno pode desenvolver algumas noções elementares que contribui para o desenvolvimento do raciocínio espacial como lateralidade e a noção de distância. É nesse momento que acreditamos que a atividade corpórea pode contribuir para o desenvolvimento desse raciocínio de forma significativa, uma vez que estimula as crianças a pensarem e agirem em situações espaciais concretas, conforme descreve Trepat e Comes,


Plantear las actividades de orientación desde las ciencias sociales en el marco de situaciones-problema lo más “reales” posible, de manera que la actividad espacial suponga al alumno reflexionar sobre su propia percepción espacial (TREPAT e COMES, 2007, p. 160).


A atividade consistiu em uma sequência didática dividida em três momentos:

- Aula introdutória e a utilização do Jogo Dominó do Gurugu
Para que os alunos se familiarizassem com a legenda do mapa, elaboramos um jogo de dominó (figura 1,2 e 3), que consistia nos encaixes entre as legendas do mapa e as fotos reais dos pontos de referência. Assim, no lado direito da peça se encontra o desenho pictográfico, e no lado esquerdo uma fotografia referente a outro local. O aluno tem que buscar a foto do referido desenho em outra peça.


Figura 1: Dinâmica do jogo dominó

      Figura 2: Aula preparatória


- Atividade no Centro “El gurugu” e a utilização do jogo “Caça ao tesouro"
Na atividade prática, dividimos os alunos em dois grupos para facilitar a procura ao tesouro. A introdução da atividade foi feita com o conto sobre um menino que procurava um tesouro escondido por seu avô. A partir desse conto que era narrado durante todo o itinerário a depender do local em que os alunos se situavam, iniciou-se a busca realizada por todo o grupo com o auxílio do mapa do jogo. A ideia era que os alunos decidissem qual o caminho e direção a seguir. Mesmo quando escolhiam um caminho errado, deixávamos que seguissem, até perceberem o erro e retornassem ao caminho correto. Assim, podíamos identificar até que ponto os alunos reconheciam as relações espaciais como em frente e atrás, direita e esquerda.
A ideia foi que a partir do espaço físico vivenciado pela criança através de seus movimentos e deslocamento eles concebessem noções de distâncias, das semelhanças do mapa com a realidade, sem perder o caráter lúdico da atividade, uma vez que a atividade era direcionada para Educação Infantil. Durante a busca ao tesouro os alunos podiam explorar os espaços de lazer do Centro, como o mini arborismo, assim como estava representado no mapa. 
O tesouro era uma bússola, que se mostrou muito interessante aos alunos. Ao explicar este instrumento, foi comprovado o norte apontado no mapa e pôr fim a atividade prática foi finalizada.

- Atividade de encerramento com desenho do mapa
O terceiro momento da atividade ocorreu em sala de aula com a retomada do mapa e de algumas noções e relações espaciais que haviam sido exploradas. A ideia era trabalhar com os alunos o espaço experimentado, completando a passagem do espaço vivido para o espaço percebido. Pedimos aos alunos que representassem em uma folha de papel as observações, para que pudéssemos apreciar os resultados obtidos.

   
Resultados e possibilidades
Durante a atividade, a mediação era controlada, uma vez que queríamos que os alunos tivessem a oportunidade de mover-se pelo espaço a partir das indicações, provocando neles a “necessidade” da utilização do mapa como um recurso e não apenas como uma ilustração.
Segundo as categoriais do espaço descritas por Hannoun (1977), apresentamos no quadro a seguir a descrição das noções que a atividade desenvolveu.

CATEGORIAS ESPACIAIS DESENVOLVIDAS
DESCRIÇÃO
Orientação do espaço
-Lateralidade

-Profundidade

   -Anterioridade
- se localizar e localizar os objetos em relação a eles mesmos e em relação a outros objetos: à frente, atrás, à direita, à esquerda
- andar pelo espaço, indo pela direita, pela esquerda, por baixo, por cima
Apreciação de distâncias (não métricas)
- a partir da experiência do itinerário reconhecido e o mapa do tesouro se estabelece a noção de distância qualitativas (noção dos tamanhos de um objeto, ou da trilha percorrida)
Análise e estruturação do espaço
-Objeto no espaço
-percepção do meio por outros ângulos (aéreo) a partir da trilha suspensa
-observação de todo o centro a partir do itinerário percorrido (distinguir os elementos visíveis) por onde passou, qual o trajeto...
-confecção do croqui
-Posição relativa do objeto no espaço

O espaço vivido é considerado como a base do conhecimento escolar para estruturar o conhecimento geográfico. Castrogiovanni (2000, p.16) afirma que “o espaço vivido é prático, organizado e equilibrado em nível da ação e do comportamento social”. Nesta abordagem se encontram as práticas de sala de aula propostas por Straforini (2004) como estudo de meio, do bairro, da cidade., etc. En los mapas se materializan distintas dimensiones de la espacialidad que se presentan bajo las categorías de forma, localización o distribución de los diferentes objetos, temas o problemas que se traten”, afirma Gurevich, (2007, p. 192). Por tanto, se desde a educação infantil se propõem sequências didáticas com mapas, é possível que as crianças consigam ler a realidade.
Neste trabalho buscamos compartilhar possibilidades de elaborar uma sequência didática com os jogos cartográficos. O dominó e o caça ao tesouro permitiram motivar o interesse das crianças pelos mapas confrontando-o com a realidade.  A continuação, o roteiro por um espaço natural, mediante um conto e o jogo, através da aprendizagem por descobrimento mediada pelos professores criou possibilidades para a tomada de decisões dos alunos.
Ao realizarmos a atividade em um espaço que permitia um deslocamento, e simultaneamente o uso do mapa (deste mesmo espaço), a criança era levada a buscar referências reais para situá-las no espaço e se situar no mapa.
Podemos dizer que a atividade do caça ao tesouro proporcionou nas crianças a projeção do esquema corporal para os objetos. O que estava à frente do poço, estava ao lado da La majada. O próprio deslocamento do corpo alterou a projeção da polaridade (figura e a designação do lugar tanto dos objetos quanto da própria criança ao mover-se pelo centro. Sob essa perspectiva, acreditamos que a atividade levou às crianças a pensarem o espaço além da referência apenas do próprio esquema corporal.

Fonte: Elaboração própria

A sequência didática, além de contribuir diretamente no aprendizado do aluno, possibilitou a criação de uma situação de ensino que propiciasse aos professores envolvidos, momentos de observação e reflexão sobre experiências relativas ao raciocínio espacial em crianças pequenas à luz das teorias pedagógicas espaciais que apontamos no início.
Isso permitiu a observação de como as crianças organizavam e modificavam suas ações para se situarem no espaço tendo como referência os objetos localizados no mapa. A criança conseguia localizar-se no mapa e seguir o caminho indicado, principalmente quando o caminho a ser percorrido era uma encruzilhada e exigia a seleção de um deles. 

Etapas da construção dos materiais


Confira o roteiro para planejar jogos [aqui]


*Este texto é uma revisão sinóptica do artigo O desenvolvimento do raciocínio espacial na Educação Infantil: Estudo decaso com Jogos Geográficos no Centro de Educação Ambiental (BREDA e GARCIA DE LA VEGA, 2016) e do Capítulo de Livro Jogos geográficos na escola: possibilidades para trabalhar noções espaciais e cartográficas (BREDA, 2017).

*Financiamento FAPESP/BEPE/DR (Processo 2014/22919-9) – Projeto “La Alfabetización Cartográfica y el uso de juegos en la formación de profesores: una aproximación entre Brasil y España”, com a supervisão do prof. Dr. Alfonso García de la Vega no Programa de Posgrado en Educación da Facultad de Formación del Profesorado Y Educación, na Universidad Autónoma de Madrid


Agradecimentos
À Daniela Derosas e Marcos Chica pela participação, colaboração e organização em todo o processo de desenvolvimentos desta atividade.

Referências bibliográcas.
ALMEIDA, R. D., JULIASZ, P. C. S.  Espaço e tempo na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2014.
CASTROGIOVANNI, A. C. Apreensão e compreensão do espaço geográfico In: CASTROGIOVANNI, A. C.; C., H. C., KAERCHER, N. A. (Org.) Ensino de geografia, Porto Alegre: Mediação, p. 8-81. 2000.
EGAN, E. K. La comprensión de la realidad en la educación infantil y primaria, Madrid: Morata. 1991
GUREVICH, R. Claves pedagógicas para un análisis geográfico. Em: FERNANDEZ CASO, M. V. y GUREVICH, R. Geografía. Nuevos temas, nuevas preguntas. Buenos Aires: Biblos, p. 171-202. 2007
HANNOUN, H.El niño conquista el medio; Buenos Aires: Kapelusz, 1977.
PIAGET, J. INHEKDER, B. A representação do espaço na criança. Porto Alegre: Artes médicas, 1993.
SIMIELI, M. E. R. Cartografia e ensino, proposta e contraponto de uma obra didática  São Paulo, 1996. Tese (Livre-docência).  FELCH. Universidade de São Paulo.
STRAFORINI, R. Ensinar geografia. O desafio de totalidade-mundo nas series iniciais, São Paulo: Anna Blume, 2004
TREPAT, C. A. COMES, P.  El tempo y el espacio em la didáctica de las Ciencias Sociales. Barcelona, Grao, 2007.