quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Dominó "Ponto de vista" e as relações projetivas*


1. Descrição do jogo


O jogo de dominó "Ponto de vista" induz a comparação entre as perspectivas na visão vertical e frontal.O jogo é composto por peças retangulares, divididas em duas partes (ou “pontas” como são chamadas no dominó original).

Em uma ponta, encontram-se fotografias frontais de um objeto, e na outra ponta uma fotografia vertical de outro objeto. O encaixe das peças ocorre entre uma fotografia vertical com uma fotografia frontal do mesmo objeto.

Devido ao fato de trabalhar com as duas perspectivas, espera-se que o aluno observe imagens por diversos ângulos, porém perceba que se referem ao mesmo lugar.




É fundamental certificar-se que as crianças estão fazendo as identificações e encaixes corretos. Você pode mostrar detalhes de modo a estimulá-los a usarem cores, formas, tamanhos e texturas para identificar os lugares ou elementos da imagem: Uma opção também é escolher um objeto da sala de aula e fazer seu desenho na lousa nas duas perspectivas.


2. A construção do pensamento espacial e as relações projetivas
Piaget, Inhelder e colaboradores (1993) apresentam, no livro A representação
do espaço na criança, um estudo sistemático das transformações das noções necessárias para a passagem do espaço percebido para o espaço representado figurado. Os autores afirmam que a percepção do espaço ocorre no contato direto com o objeto, sendo construído mais rapidamente que o espaço representado. Este último, formado por representações figuradas, necessita do domínio do nível projetivo, e até mesmo métrico, para ser alcançado. Uma coisa é perceber o espaço; outra é representá-lo, construindo-o ou (re) construindo-o. O espaço perceptivo é construído seguindo uma ordem que parte das relações topológicas elementares e segue para as relações projetivas métricas para, finalmente, atingir as relações euclidianas entre os objetos.


RELAÇÕES TOPOLÓGICAS, PROJETIVAS E EUCLIDIANAS A PARTIR DOS ESTUDOS DE PIAGET E INHELDER, HANNOUN E CATLING



A passagem da percepção para a representação supõe a reconstrução dessas relações espaciais já adquiridas no nível projetivo para o nível representado. A percepção visual e a noção espacial, por exemplo, começam no plano perceptivo em um sistema de relações de diferentes perspectivas, determinadas pelos movimentos prováveis do olhar, e prosseguem no campo da representação. No período de transição, a motricidade é essencial para a interpretação espacial, pois gera percepções e situações espaciais distintas.

Um objeto cúbico, por exemplo, dependendo da perspectiva que fixa o olhar, de modo que nenhum dos lados seja visto, pode ser “transformado” em uma figura plana, uma vez que nosso campo de visão reconfigura a noção da largura
ou altura do objeto, restringindo-o a somente uma face. O objeto, como tal, 
passa a ser visto apenas pela sua superfície lateral plana (quadrado) sem a percepção da profundidade (2 dimensões), e não mais em três dimensões.


DIFERENTES PERSPECTIVAS DO MESMO OBJETO

Na figura, por exemplo, quando a criança passa da posição ‘A’ para a posição ‘B’ ou ‘C’ e, simultaneamente, percebe que se refere ao mesmo objeto ela terá alcançado a coordenação de perspectivas e, portanto, o nível projetivo, pois há uma coordenação das ações do olhar segundo as suas mudanças de posição ou direção. 
Movimento semelhante ocorre na leitura de um mapa. Os objetos e fenômenos são “rebatidos” sobre um mesmo plano. Para esse entendimento, a criança precisa ter concebido as relações projetivas, uma vez que, no período topológico, a criança considera apenas um ponto de vista como o único possível, não chegando a deduzir as transformações visuais do objeto quando se muda o ângulo de visão.
No caso dos mapas, a face rebatida para o plano normalmente será a voltada para cima, que ocorre com a visão vertical (veja a figura a seguir). Em objetos maiores, essa relação torna-se mais difícil, pois a criança não pode manipular os objetos a fim de ter a visão de todas as faces, como ocorreria com um dado, por exemplo.

VISÃO PERPENDICULAR E AÉREA


A construção da visão vertical ajudará a desenvolver a construção de legendas, as quais facilitará a compreensão das linguagens do mapa. Nesse processo, é importante o desenvolvimento de atividades a partir de “formas, símbolos, figuras geométricas, signos, cores, linhas, áreas” para que a criança possa construir um quadro de variáveis visuais (símbolos e signos presentes no mapa), como forma, tamanho, orientação e cor para relacionar com os mapas.

CONSTRUÇÃO DA NOÇÃO DE LEGENDAS



Clique aqui para download das peças e regras 


*Este texto é uma revisão sinóptica do artigo La construcción de las relaciones proyectivas en el juego “Puntos de Vista”  

Este jogo foi elaborado pelas professoras Nadia Silveira y Maria Nair P. 
Miranda durante o curso de formação Confecção de jogos no ensino de Geografia, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Campinas.


Bibliografia
ALMEIDA, P. N. de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 10 ed. São Paulo. Editora Loyola. p.295, 2000.
CAMPINAS. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais: Um processo Contínuo de Reflexão e Ação. GODOY, H.L (Org. e Cord.) Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Municipal de Educação Campinas, SP, 2012.
CASTELLAR, M. V. S,MORAES, J. V. Ensino de Geografia-Coleção Ideias Em Ação. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 166p.
CATLING, S. J. The child’s spatial concepción and geography educación. In: Journal of Geography, Jan, 1978, n. 77, p. 24-28.
DALLABONA, S. R. , MENDES, S. M. S. O lúdico na educação infantil: Jogar, brincar, uma forma de educar. In: Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. Vol. 1 n. 4. Jan/mar. 2004. 107-112 p.
HANNOUN, H.El niño conquista el medio; Buenos Aires: Kapelusz, 1977.
MACEDO, L., PETTY, A. L; S. PASSOS, N. C. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: Artmed, 2000, p. 115
MARRON, G. J. El juego como estrategia didáctica para favorecer el aprendijaje en la Geografia. In: Íber, 30. Versión electrónica (2001)
PIAGET, J.,INHELDER, B. A representação do espaço na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993, 507 p.
ROMANO, S. M. M. Alfabetização cartográfica: a construção do conceito de visão vertical e a formação de professores. In: CASTELLAR, S. Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Editora Contexto, 2005. 157-166p.
SILVA, L. G. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateraridade, referências e localização espacial.In: CASTELLAR, S. Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Editora Contexto, 2006.
SOMMER, J. A. P. Formas lúdicas para trabalhar conceitos de orientação espacial: algumas reflexões. In: REGO, N. et. al. Um pouco do mundo cabe nas Mãos
TREPAT, C. A. COMES, P.  El tempo y el espacio em la didáctica de las ciencias sociales. Barcelona, Grao, 2007.









quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Dicas de peças e materiais para confeccionar seus jogos

Dica para utilizar materiais de reciclagem

Clube do tabuleiro de Campinas (SP)


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Dica de onde comprar materiais já prontos (dados,peões...)


http://www.ludeka.com.br/

domingo, 19 de agosto de 2018

Ideia para fazer um mapa do tesouro com sacolinhas plásticas "fundidas"

Se você quer fazer um mapa do tesouro resistente e está com o orçamento curto para fazer uma impressão em um tecido resinado (como feito no Caça ao tesouro do Gurugu) aqui vai uma sugestão: mapa do tesouro com sacolinhas plásticas "fundidas"!





Material necessário:

- Sacolas plásticas limpas e secas (precisa ser em desenho)

- Ferro de passar roupa
- Folha sulfite ou papel manteiga
- Tesoura
- Canetinhas permanentes
- Isqueiro

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Passo 1: Organizando as sacolas

- Alise bem a sacola e corte o fundo e as alças, formando um retângulo
- Quanto mais sacolas você colocar, mais resistente será seu mapa. 
- No exemplo foi usado um total de 8 sacolas (6 na base e 2 sobre o desenho)
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Passo 2: Fundindo as sacolas

- Coloque as sacolas entre as folhas de papel vegetal ou sulfite e passe com o ferro. 

- O ideal é ir aumentando a temperatura do ferro pouco a pouco, para não correr o risco de aquecer de mais e enrugá-las. 
- Coloque uma pressão no ferro para que não fiquem bolhinhas de ar

- Não se esqueça das bordas
- Levante um pedaço do papel e confira se o plástico está se fundindo
- Vire cuidadosamente e repita no outro lado (tome cuidado pois o plástico irá se aquecer)
- Aqui foram usadas 6 sacolinhas transparentes


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Passo 3: Desenhando o mapa
- Sobre os plástico fundido desenhe seu mapa com canetas permanentes. 
- Agora é soltar a imaginação. Com essa base você pode fazer um mapa do tesouro da sala de aula, da escola, de um parque...
- Caso não tenha facilidade para desenhar, imprima o mapa que será utilizado e com um carbono passe as informações para a base de plástico



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Passo 4: Protegendo o mapa
- Sobre o mapa já pronto coloque duas sacolinhas transparente e repita o passo 2.
- Isso fará com que seu mapa fique mais resistente, protegido e impermeável.

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Passo 5: Acabamento
- Com um isqueiro faça o acabamento nas bordas

...seu mapa do tesouro já está pronto!!!!




quarta-feira, 25 de julho de 2018

Bibliotecas que foram contempladas com o livro "Jogos Geográficos na sala de aula"

Biblioteca Municipal Murilo Mendes

Juiz de Fora

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Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Biblioteca Central
Biblioteca da Educação
Biblioteca do ICH

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Colégio de Aplicação João XXIII – UFJF

Juiz de Fora

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Colégio Pedro II

Rio de Janeiro

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Escola de Educação Integral Prof. Zeferino Vaz 

Campinas

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Oxford Brookes University 

Oxford

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Universidade de São Paulo (USP)

Biblioteca da Faculdade de Educação - São Paulo
Biblioteca Central - Ribeirão Preto

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Universidade do Estado da Bahia (UEB)


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 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Biblioteca do Centro de Educação e Humanidades “D” - Faculdade de Formação de Professores

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Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)

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Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

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Universidade Federal de Goiás (UFG)

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Universidade Federal de Pelotas (UFPel)


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Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Biblioteca José de Alencar - Faculdade de Letras

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Universidade Paulista (UNIP)

Biblioteca Central - Campus Limeira


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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Livro: JOGOS GEOGRÁFICOS NA SALA DE AULA

Este livro foi escrito com o objetivo de apresentar uma proposta de Jogos Geográficos para professores da Educação Básica, licenciandos e interessados na temática. Dentro dele você encontrará sequências didáticas que foram pensadas e desenvolvidas alinhadas ao currículo escolar de Geografia, abordando diversos temas como o ensino de noções e conceitos necessários para o pensamento espacial e para a compreensão de mapas. A obra propõe, ainda, diversas situações de aprendizagem que vão desde a simples identificação e localização de lugares vistos de cima até situações que exigem estratégias espaciais mais complexas, como se deslocar em um espaço orientado por um mapa na busca de um tesouro. A proposta de jogos foi pensada para ser aplicada para alunos do ensino fundamental, mas pode também ser adaptada para outros espaços de aprendizagem, como centros de educação ambiental, estudos do meio, ou ainda, como hobby para os apaixonados por mapas. A partir das descrições detalhadas da criação de cada jogo você poderá adaptá-lo com alternativas personalizadas. Convidamos a todos os interessados em utilizar ou construir jogos geográficos à leitura deste livro.

Visualize partes do livro aqui

Vendas: Editora Appris; Amazon; 



Introdução:


"INICIANDO NOSSA CONVERSA...
Este livro, como qualquer outro, tem sua história e eu gostaria de compartilhá-la com você. Pesquisei e desenvolvi os seis jogos que serão apresentados aqui durante quase 10 anos de trabalho com crianças. Eu queria propor, para meus alunos, atividades lúdicas que utilizassem recursos de representação do espaço deles e assim abordar o pensamento espacial e noções cartográficas. Os jogos possibilitaram-me (re)pensar e (re)elaborar minhas práticas docentes continuamente; além, é claro, de criar para meus alunos algumas situações cartográficas divertidas a partir do município deles. E é este o tema central do livro: elaborar jogos para utilizar nas aulas de Geografia. A escolha do tema deu-se em decorrência de minha prática profissional. Sou professora de Geografia e, durante minha iniciação científica na graduação, optei por trabalhar com o ensino; mas foi a partir do primeiro ano como professora em escolas públicas do município de Ourinhos que me deparei com a real dificuldade dos alunos e alunas quanto a compreensões das noções cartográficas.

Durante esse primeiro ano, como professora, utilizei alguns jogos relacionados com as noções cartográficas que estavam sendo desenvolvidos para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e que originaram a coleção Jogos Geográficos. Ao utilizar tais atividades, encontrei uma resistência, por parte de supervisores pedagógicos, em relação à dinâmica e metodologia usada na aula devido ao fato de serem atividades que fogem à prática cotidiana dos anos finais da educação básica. Para alguns profissionais da área de educação, atividades que não fazem parte da dinâmica professor-lousa-livro didático não apresentam contribuição real para o ensino e, muitas vezes, são consideradas, por
eles, como mera “perda de tempo”.

Entretanto, devido ao fato desses jogos fazerem parte do TCC, eu estava amparada em um referencial teórico que me permitiu justificar as contribuições dos materiais e demonstrar que estavam de acordo com os conteúdos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o referido ciclo. Naquele momento, minha primeira reação foi desistir dos jogos. Mas, após refletir, percebi que esses problemas enfrentados na escola não deveriam desanimar-me, mas sim servirem de estímulo para uma nova pesquisa, mais aprofundada na qual eu poderia demonstrar as contribuições dos jogos utilizados, originando então a dissertação de mestrado defendida no outono de 2013.

Busquei, durante a pesquisa de mestrado, responder alguns questionamentos como “qual a contribuição dos jogos para o desenvolvimento cognitivo do aluno” e “como essas contribuições poderiam auxiliar nas aulas de Geografa” tendo os PCNs como direcionadores, uma vez que este documento curricular traz os conteúdos a serem trabalhados de acordo com cada ciclo/ano. Assim, o material analisado na referida investigação poderia ser justificado não só pelas suas contribuições sociais e afetivas, mas também por trabalhar a cartografa, conteúdo específico daquele ano.

Quando utilizei os primeiros jogos, há quase 10 anos, lembro-me da satisfação de ver meus alunos jogarem; e por isso, já há algum tempo, elaborei o pequeno manual Jogos Geográficos: passo a passo e criei o blog jogos-geograficos.blogspot.com, porque queria muito compartilhar com outras educadoras e educadores os jogos criados. Em meio a essas e outras atividades, durante o ano de 2014, atuei como formadora pedagógica no município de Campinas-SP para auxiliar docentes da rede municipal a criarem seus materiais, originando então a coleção Jogos Geográficos na escola. Desde então, tem sido uma alegria ver educadores e futuros educadores entusiasmarem-se com a ideia de produzirem seus próprios jogos.

Desde a elaboração do primeiro jogo, aprendi muito com os retornos que tive, dentro e fora da sala de aula, com crianças e adultos. A publicação deste livro deu-me a oportunidade de rever e reescrever alguns conceitos, refinar ideias, além de adicionar um novo jogo. Quando comecei a desenvolver os materiais, eu ainda estava distante das discussões entre alfabetização e letramento. Foi somente mais tarde, durante meu doutoramento, que passei a incorporar ao processo da alfabetização cartográfica o termo letramento, abrigando uma compreensão ampla da prática da linguagem, que engloba e ultrapassa o processo da alfabetização.

A alfabetização cartográfica, com o foco no domínio de um sistema cartográfico, passou a ser entendida como parte de um processo mais amplo, tendo seus objetivos específicos indispensáveis para a compressão da linguagem cartográfica, uma vez que é necessário um conhecimento básico das convenções e mecanismos de abstrações da cartografa dominante (escala, projeção, simbologia...). Porém o domínio da linguagem cartográfica é compreendido agora dentro de uma complexa rede de práticas e saberes (também o gramatical) vinculados às várias formas de representação espacial. Daí em diante, passei a defender a ideia de alfabetizar letrando (SOARES, 2009), deslocando a ênfase
habitual da localização como centro do processo.

Meus primeiros estudos na área da Cartografa Escolar tinham como referencial teórico somente os estudos da psicologia genética de Jean Piaget, sobretudo no seu trabalho sobre o desenvolvimento das noções espaciais (PIAGET e INHELDER, 1993). Apesar de esse referencial ter possibilitado compreender como desenvolvem as noções cartográficas junto aos escolares, essa teoria apresenta algumas limitações na compreensão das divergências do aprendizado dentro do próprio grupo de escolares, principalmente pela não correspondência das faixas etárias definidas nas pesquisas de Piaget e colaboradores, bem como pelo fato de a aprendizagem não seguir a sequência cognitiva apresentada por eles. Para este livro, revisei e ampliei as referências sistematizadas sobre a compreensão do espaço na criança para compreender como se constroem as relações espaciais a partir da projeção do esquema corporal e assim interpretar algumas “dificuldades” dos alunos. A passagem do espaço percebido para o espaço representado é um progresso do domínio do próprio corpo em complexas ações cognitivas; e nós, professoras e professores, precisamos compreender essas etapas que podem nos dar pistas para auxiliar nossos alunos.

O objetivo do livro continua o mesmo da dissertação: abordar questões teórico-práticas sobre o uso de jogos no ensino de Geografa. Por isso, o livro está dividido em três partes. Na primeira parte intitulada Reflexões teórico-práticas, apresento um referencial sobre jogos e sobre as características do sistema cartográfico e suas noções apontadas em documentos curriculares, a fim de oferecer subsídios teóricos para as situações práticas que serão apresentadas posteriormente.

Na segunda parte, Planejando e criando Jogos Geográficos, apresento um conjunto de jogos que podem ser feitos com materiais acessíveis e econômicos. Cada jogo proposto inclui uma explicação do “como funciona” e do “como jogar”, das noções cartográficas e espaciais possíveis de trabalhar e sugestões de conteúdos integrados. Ao final, estão detalhados os roteiros de planejamento com um guia para a criação de cada jogo. Já na terceira parte, Jogando – alguns relatos de experiência, apresento algumas análises de sequências didáticas tanto para os anos iniciais como os anos finais da educação básica. É importante frisar que esses roteiros não seguem um trilho estreito e em uma única direção. Eles apenas indicam um caminho percorrido.

Desejo com este livro momentos de reflexão e inspiração para novas ideias e, quem sabe, um convite para você também construir novos jogos geográficos!
Boa leitura!"


BREDA, T. V. Jogos Geográficos na sala de aula. Appris: Curitiba, 2018, p. 15-18.




Confira o Sumário do livro




Visualize partes dos livro aqui

sexta-feira, 23 de março de 2018


Recomendação de referências 


Para quem deseja aprofundar os estudos sobre jogos e ensino de Geografia:





ALMEIDA, Paulo. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São João: Loyola, 2000.

ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petrópolis: Vozes, fascículo 15, 2003.

BALE, John. Simulaciones y juego. In: Didáctica de la geografía em la escuela primaria. Madrid, Ediciones Morata, p. 142-151. 1989.

BAILEY, Patrick. Los juegos de simulación. In: Didáctica de la Geografía. Madrid, Cincel_Kapelusz, 1981. p. 73-82.

BANDET, Janne. Como ensenar a través del juego. Hacia la comprensión del mundo viviente y el medio ambiente físico y técnico. Barcelona: Fontanella, 1983.

BREDA, Thiara Vichiato. O uso de jogos no processo de ensino aprendizagem na Geografia escolar. Dissertação (Mestrado em Ensino e História em Ciências da Terra), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.

________. Contribuciones del juego de simulación “Conhecendo o Parque Ecológico” en la construcción del razonamiento espacial en los niños. In: RAMIRO-SÁNCHEZ, T, RAMIR, M. T. (org.) Avances en ciencias de la educación y del desarrollo, AEPC: Granada, 2015, p. 109-116.

 ______. Jogos geográficos na escola: possibilidades para trabalhar noções espaciais e cartográficas. In: RICHTER, Denis; CAMPOS; Laís. Cartografia Escolar, v. 2, 201. p. 29-49.

______. “Por que eu tenho que trabalhar lateralidade?”- experiências formativas com professoras dos anos iniciais. Tese (Doutorado em Ciência e Doutorado em Educação) Universidade Estadual de Campinas, Universidade Autónoma de Madrid, Campinas, 2017.


_____. Jogos Geográficos na sala de aula. Appris: Curitiba, 2018

BROUGÈRE, Gilles. Jogos e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

BUTLER, John E. Moving into maps. Londres: Heinemann Educational, 1984.

CALAF MASACHS, Roser; SUÁRES CASARES, M. Ángeles; MENÉNDEZ FERNÁNDEZ. Rafael. Ejemplo de procedimientos para 1º ciclo de la ESO: Juego de simulación. In: Aprender a enseñar geografía – Escuela primaria y secundaria. Barcelona: Oikos-tau, 1997. p. 86-96.

CASTELLAR, Sônia M. Vanzella; VILHENA, Jerusa de Moraes. Jogos, brincadeiras e resolução de problemas. In: Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 43-63.

______; VILHENA, Jerusa de Moraes; SACRAMENTO, Ana Claudia Ramos. Jogos e resolução de problemas para o entendimento do espaço geográfico no ensino de Geografia. In: CALLAI, Helena Copetti. Educação Geográfica: Reflexão e Prática. Ijuí: Unijuí, p. 249-275, 2011.

CASTRO, Victoria Alves de, et al. A divertida experiência de aprender com mapas. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Novos rumos da cartografia escolar: Currículo, linguagem e tecnologia. São Paulo: Contexto, 2011. p. 91-108.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; COSTELLA, Roselane Zordan. 2006. Brincar e cartografar com os diferentes mundos geográfico: a alfabetização espacial. Porto Alegre: EDIPUCRS.

CHALITA, Ana Lucia. Ensinando Geografia através do lúdico: uma proposta de aprendizagem significativa. In: SACRAMENTO, Ana Claudia et al (org). Ensino de Geografia: Produção do espaço e processos formativos. Rio de Janeiro: Consequência, 2015. p. 143-169. 

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

COMES, Pilar; GASUL, Joan. Jugar con los mapas. Barcelona: Tres torres, 1998.

CORNELL, Joseph. Guia de atividades para Pais e Educadores. São Paulo: Aquariana, 2005.

______. Vivências com a Natureza: Guia de atividades para pais e educadores. v. 1. São Paulo:
Aquariana, 2008.

______. Vivências com a Natureza: novas atividades para pais e educadores. v. 2. São Paulo: Aquariana, 2008.

DIAS, Angélica Mara de Lima, ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de. Linguagens lúdicas na geografia escolar moderna: entre práticas escolanovistas e anarquistas. In: PORTUGAL, Jussara Fraga et al (org.) Formação e docência em Geografia: narrativas, saberes e práticas. Salvador: EDUFBA, p. 221-239.

FLORENTINO, Raiane. O uso de jogos didáticos em sala de aula: reflexões sobre a mediação do ensino da cartografia temática na disciplina de geografia no ensino fundamental II. Dissertação (Geografia). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2016.

___________. Jogo da memória sobre mapas temáticos - uma forma divertida de aprender Geografia. In: Revista Brasileira de Cartografia, 2018.

___________, ZACHARIAS, Andrea Aparecida. Jogos cartográficos sobre imagens de satélite: discussões a partir das aplicações nas escolas do município de Rio Claro/SP. In: IX Colóquio de Cartografia para crianças e escolares, 2016, Goiânia. Anais do IX Colóquio de Cartografia para crianças e escolares, 2016. p. 441-447.GENTILE, Paola. O tesouro dos mapas. Nova Escola, edição 150, maio, 2003.



HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2008.

JACQUIN, Guy. A educação pelo jogo. São Paulo: Flamboyant, 1960.

KLIMEK, Rafael Luís Cecato. Como aprender Geografia com a utilização de jogos e situações-problema. In: PASSINI, Elza Yasuko. Práticas de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto. p. 117-123.

LESANN, Janine. Jogo de localização de pessoas. In: Geografia no Ensino Fundamental I, Belo Horizonte: Fino traço, 2011. p. 150-154.

LOPES, Maria da Glória: Jogos na Educação: criar, fazer e jogar. São Paulo: Cortez, 2005.

MACEDO, Lino de; MACHADO, Nilso. Jogo e projeto. São Paulo: Summus, 2006.

MACEDO, Lino de.; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Chirte. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: Artmed, 2000.

______. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.

MARTIN ORTEGA. Elena. Los juegos de simulación: como hacerlos, donde conseguirlos. Madrid: ICE de la Universidad Autónoma, 1986.

MARRÓN GAITE, M. Jesus. Los juegos y técnicas de simulación. In: MORENO JIMÉNEZ, António; MARRÓN GAITE, M. Jesus. (Eds.): Enseñar Geografía: De la teoria a la práctica, Madrid: Síntesis, 1990. p. 79-105.

______. El juego Infantil y la enseñanza de la Geografía. In: ANDRES TRIPERO, T. (Org): Juegos, juguetes y ludotecas. Madrid: Publicaciones Pablo Montesino,1991. p. 179-190.

______. El juego como estrategia didáctica para favorecer el aprendizaje de la geografía. Iber: Didáctica de las ciencias sociales, geografía e historia, n. 30, p. 55-68, 2001.

MOLES, Abraham André; ROHMER, Elisabeth. Psicología del espacio. Madrid: Ricardo Aguilera, 1972.

PELETEIRO María del Rosario Piñeiro. Los juegos de simulación para el conocimiento del medio. Iber: Didáctica de las ciencias sociales, geografía e historia, 30, 2011. p. 46-54.

______. OLIVEIRA Adriano Rodrigo de. Los mapas en los juegos de simulación en la enseñanza. In: Cartografia para Escolares no Brasil e no mundo. Belo Horizonte, 2002. p. 229 – 234.

SANTACANA MESTRE, Juan. Jugar con la cartografía. Iber: Didáctica de las ciencias sociales, geografía e historia, n. 12, p. 12-25, 1997.

SILVA, Luciana Gonçalves da. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização espacial. In: CASTELLAR, Sônia M. Vanzella. Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São João: Contexto, 2005. p. 137-156.

SOMMER, Jussara Alves Pinheiro. Formas lúdicas para trabalhar conceitos de orientação espacial: algumas reflexões. In: REGO, Nelson. (Org). Um pouco do mundo cabe em nossas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: UFRGS, p. 123-130.2003.

TAYLOR. John L. Guia sobre simulación y juegos par la educación ambiental. OREAC: Santiago, 1991.

______.; WALFOR, Rex. Learning and the simulation game. Londres: The Open University Press, 1978.

VIEIRA, Carlos Eduardo; GOMES DE SÁ, Medson. Recursos didáticos do quadro-negro ao projetor, o que muda? In: PASSINI, Elza Yasuko. Práticas de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2015. p. 101-115.

VILHENA, Jerusa de Moraes; SACRAMENTO, Ana Claudia Ramos. Jogos e situações problemas no Ensino de Geografia. Rio de Janeiro: Anais 9º ENPEG, 2007.

WALFORD, Rex. Games in Geography, Londres: Longman, 1969.

_______. New Directions in Geography Teaching. Londres: Longman, 1972.

______. Using Games in Scholl Geography, Chris Kington Publishing 2007.

______. Games and simulations, Mills, 1981.



Você ainda encontrará no blog roteiros de planejamentosdicas de elaboração e alguns exemplos de jogos e regras!!

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Jogos de simulação nas aulas de Geografia


Em alguns países, como Inglaterra e Estados Unidos, existe uma forte tradição na criação de jogos específicos para trabalhar habilidades e/ou conteúdos da Geografia Escolar denominados de jogos de simulação. São caracterizados jogos de simulação aqueles que recriam situações próprias da vida real, e as decisões e estratégias são atreladas a possíveis acontecimentos e, por isso, os jogadores interagem entre si e com o ambiente simulado.

Um dos primeiros estudos sistematizados sobre jogos de simulação no ensino de Geografia é de Rex Walford em Games in Geography em 1969. Nesse livro, o autor organizou um guia com a descrição de seis jogos, que tem como base mapas de lugares reais e fictícios.


Jogo
Descrição
Mapa-tabuleiro
The Shopping Game
Organização e função de núcleos comerciais
Mapa de um shopping center, com lojas e pavimentos sinalizados
The Bus Service Game
Transporte público de passageiros entre cidades
Mapa de uma região, com as principais estradas e cidades sinalizadas.
The North Sea Gas Game
Exploração de recursos naturais
Mapas com áreas de concessões marcadas, contendo informações do ambiente físico como profundidade da água, presença de gás e óleo.
The railway Pioneers Game

Fatores que condicionam o desenvolvimento de vias de comunicação
Mapa físico e de recursos dos Estados Unidos
Mapa do mesmo país com as primeiras linhas ferroviárias.
Mapa com as atuais estradas do país.
The development Game
A influência dos transportes no desenvolvimento comercial e industrial
Mapa do país em uma malha quadriculada, contendo a localização os grandes mercados, depósitos minerais e refinarias.
The Export Drive Game
Comércio internacional
Mapa mundo, com rotas e grandes mercados e armazéns sinalizados.




Existem algumas formas de classificar esse tipo de jogo. Bailey (1981), em Los juegos de simulación, e Marrón Gaite (1990), em Juegos y técnicas de simulación, apresentam algumas tipologias de jogos de simulação a partir do conteúdo ou tema geográfico abordado. A essa classificação dos autores, cabe incluir os jogos de orientação (BREDA, 2017). No quadro a seguir, estão organizados os tipos de jogos indicando a autoria da classificação.


Tipos de jogos
Tema/Características
Exemplos
sobre o homem e seu entorno
(Juegos sobre el hombre y su entorno)*
Baseiam-se nas formas de vida e de hábitos sociais de grupos étnicos.
Juego de la agricultura
Os jogadores precisam tomar decisões sobre a exploração da terra, escolhendo tipos de cultivo até a comercialização dos produtos.
de procura
(Juegos de búsqueda)*

Para desenvolver noções dos processos de obtenção e exploração de recursos minerais. Pressupõe o uso de um mapa (real ou fictício).
The North Sea Game
Grupos de jogadores representam companhias de exploração e devem extrair o gás natural. O jogo contém dois mapas das áreas de exploração.
de localização
(Juego de Localización)*

A dinâmica gira em torno de instalar ou construir locais, como fábricas, comércio, casas com finalidades estratégicas.
Locacion of the Meftab Company
Os jogadores precisam encontrar a localização adequada para instalar um complexo industrial metalúrgico a partir de algumas informações dadas no jogo.
 de desenvolvimento
(Juegos de desarrollo)*
Relaciona múltiplos fatores que condicionam o desenvolvimento, seja de uma região, seja de um país; econômico ou social.
Kuwait Development Game
Os jogadores precisam estabelecer estratégias para conseguir o desenvolvimento econômico do Kuwait a partir de benefícios da exploração do petróleo
de construção de cidades
(Juegos de construcción de ciudades)*

Semelhante ao jogo de desenvolvimento, este tipo de jogo propõe entender a ação seletiva dos habitantes de uma determinada zona para construir as primeiras vilas e cidades, podendo, com isso, analisar a evolução das cidades.
Urbanistics
Os jogadores precisam analisar problemas que surjam na hora de planejar uma grande cidade, levando em consideração aspectos relacionados ao meio físico, as funções da cidade etc.
de itinerários e viagens
(Juegos de itinerarios y viajes)*

Destinados a analisar diversos conceitos relacionados com o desenvolvimento de redes de comunicação

El buen viaje
Ao simular viagens e deslocamentos espaciais, o jogo requer informações, como redes de transporte e de comunicação, número de viageiros e relação de distância.
de deslocamentos
(Juegos de difusión)*

Envolvem diversos fenômenos que tenham clara incidência espacial. Por meio deles, pode-se explicar uma enfermidade, ou uma moda, ou a difusão de uma população em um território por exemplo.
Juego del Neolítico
Simula o processo de difusão da cultura por meio do espaço e do tempo
Ecológicos
 (Juegos de Ecologia)**
Trabalha temas ecológicos e problemáticas ambientais. Permite estudar a relação homem-natureza.
Quien contamina pierde
Trabalha a contaminação industrial e seus impactos na qualidade de vida da área afetada.
 de Orientação***
Estimula o raciocínio espacial e a leitura de representações. Pressupõe o uso de bases (carto)gráficas.
Caça ao Tesouro no Gurugú
Com o auxílio do mapa, o jogador precisa projetar-se no espaço, além de localiza-se e projetar-se no mapa, estabelecendo uma dupla relação de orientação corporal e espacial, do real indo ao representativo
*Bailey (1981)                            **Marron Gaite (1990)                             *** Breda (2017)

Caça ao tesouro - jogo de orientação espacial


Os jogos de simulação tendem a uma natureza competitiva. Na hora de utilizá-los, é preciso ter cuidado, pois nossa conduta como professoras e professores irá influenciar na ênfase e tipo da competição. O ideal é que, no jogo pedagógico, a competitividade não seja tratada como rivalidade, mas como uma superação individual ou em grupo, segundo o objetivo de cada jogo.

Você ainda encontrará no blog indicações de leituras, roteiros de planejamentos, dicas de elaboração,  e alguns exemplos de jogos e regras!!

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Fonte: 
BREDA, T. V. Jogos Geográficos na sala de aula. Appris: Curitiba, 2018

BREDA, T. V. Jogos geográficos na escola: possibilidades para trabalhar noções espaciais e cartográficas. In: Denis Richter; Laís Campos, Cartografia Escolar. Coleção Docência em Geografia,Goiânia: Espaço Acadêmico, 2017, p. 29-49. Vendido por Espaço Acadêmico